sexta-feira, 7 de julho de 2017

O papel dos pais é intransferível

O papel dos pais é intransferível


Rosângela Silva (Texto publicado http://www.revistadavila.com.br/2017/07/o-papel-dos-pais-e-intransferivel/)
O nascimento de um filho enche a casa de alegria, de festas, de movimento, de orgulho, ao mesmo tempo em que muda  as  rotinas, muda o cotidiano.
Ter filho dá trabalho e exige resignação, doação, insistência, repetição, acompanhamento e nem todo pai-mãe está preparado para essas tarefas.
Com planejamento a vida já muda bastante, imagina então, quando o pimpolho chega de “surpresa”…
A aventura materna (paterna) é deliciosa e cheia de alegrias. Acontece que na mesma intensidade,  vêm as responsabilidades, as cobranças, as exigências e as dificuldades de cada fase.
Os problemas intensificam hoje por tratar-se de uma geração de pais em que boa parte cresceu mimada,  cercada de cuidados e bajulações e que não aprendeu a esperar, a ceder e a cuidar do outro.
Os pais querem espaço, querem diversão, querem curtir e aproveitar a vida.
A birra do filho atrapalha o acesso às redes sociais.
A hora da comida interrompe o papo do whatsApp.
A festa da escola coincide com a partida de futebol do seu time favorito.
A lição de casa do filho precisa ser feita bem na hora do descanso.
O pedido para brincar chega junto com a vontade de assistir mais um episódio da série.
A decepção amorosa da filha escolhe a mesma época de pico no serviço que te deixa exausto.
A conversa sobre a escola, os amigos e as novas experiências combina com a época da sua cólica ou enxaqueca.
E são tantas as exigências e ocorrências que percebemos os pais “adoecidos”, cansados, contrariados, indispostos para educar. Eles querem viver sem toda aquela amolação. Querem momentos de paz. Querem que uma única conversa baste para a obediência. Querem falar e ser atendidos sem contrariedades. Querem facilidades. Querem encurtar a rota.
Mas, não há como deixar por isso mesmo. A missão de cuidar, olhar, acompanhar é dos pais. Não dá para absolvê-los dessa tarefa. Mesmo cansados, compromissados, exigidos ao máximo no dia a dia, quem deve dar conta dos indivíduos que colocou no mundo são os pais. Essa é uma tarefa intransferível.
Educar dá trabalho, mas quem ama educa.
Educa porque seu filho será seu para o resto da vida.
Educa porque deseja por no mundo pessoas melhores.
Educa porque quer ser acolhido na velhice.
Educa porque sabe do seu compromisso para com a sociedade.

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