domingo, 2 de setembro de 2012

Internet, redes sociais, etc, etc, etc

Internet, redes sociais, etc, etc, etc
Sim, eu sei que crianças com menos de 18 anos não poderiam usar o Orkut e com menos de 13 anos não poderiam ter facebook, uma vez que todas têm que mentir a idade para cadastrar-se nestas redes sociais.
Sim, eu sei que existe um caminho alternativo, pois já foram criadas redes sociais especialmente para crianças, organizadas em conformidade com a legislação e com as necessidades delas (*http://www.miudossegurosna.net/artigos/2011-03-04.html).
 Sim, eu sei que as crianças ficam expostas e à mercê de postagens  repletas de conotação sexual, postagens sugestivas, que dão ideias de ações que talvez não lhes passariam pela cabeça, muitas delas preconceituosas, de mau gosto, que insinuam caminhos não tão bons a seguir etc, etc, etc.
Sim, eu sei que não deveria então ter permitido que minha filha se cadastrasse.
Mas a história é a seguinte: as crianças nasceram num mundo tecnológico, não dá pra desconectá-las desta realidade. Depois de algum tempo protelando, explicando e argumentando combinei que com 12 anos ela poderia usar o tão desejado  facebook. Por que não 14, 15 ou 11? Por que estava percebendo que as amizades estavam se ampliando, foram ficando mais fortes e as cobranças dos amigos pesam muito:“Todos têm e eu não!”, “Só eu não posso!”, “A mãe da fulana deixa”, etc, etc, etc.
Sempre devolvia: “Não me interessa as regras nas casas dos outros”, “Sua mãe sou eu e não a fulana”, “Quem manda aqui sou eu e eu defino as regras”, “Não é porque os outros têm, que você também tem que ter, pois as necessidades e condições das pessoas são diferentes”, etc, etc, etc
Um pouco antes, confesso, autorizei a conta no Orkut, pois percebi uma queda no interesse por essa rede social e consequentemente, menos acessos, menos contatos, etc, etc, etc.
Então os doze anos e chegaram e pontualmente também chegou a cobrança pela conta no facebook. Algumas condições para a conta: eu ter a senha, eu poder fiscalizar e postar opiniões, eu  ser ouvida e atendida toda vez que ela postasse algo inadequado. Chatice né?
Chatice sim, mas cuidado e atenção também sem dúvida nenhuma. Já vivi situações delicadas e preocupantes em relação a postagens de crianças no facebook: brigas, xingamentos, insultos e desrespeito que quase acabaram em caso de polícia.
Se todos os pais monitorassem e instruíssem seus filhos essa ferramenta poderia ser melhor usada . Assim como a televisão que é muito condenada, por mostrar conteúdo impróprio, explorar modelos inadequados, incitar a violência, usar apelos mercantilistas, supervalorizar o consumismo, etc, etc, etc, as redes sociais também só ocupam o espaço que permitimos que elas ocupem na vida de nossos filhos.
Checar o tempo que os filhos usam as redes sociais também é obrigação dos pais. Tá certo que todos chegamos cansados, exaustos em casa, doidos para cair no sofá, e se as crianças se dedicam à internet, temos uma folga maior, né? Não ficam nos solicitando muito, pedindo isso, mais isso e mais isso...
Mas não tem jeito! Temos que arregaçar as mangas e enfrentar a situação: estabelecer tempo e dias de uso, orientar sobre os amigos virtuais e perigos on line, monitorar o uso do computador e colocá-lo em local de boa visibilidade, embora isso esteja se tornando difícil devidos aos notebooks, IPads  e IPhones cada vez mais presentes na vida das crianças.
Como mãe e educadora, acredito nos benefícios das redes sociais como recurso pedagógico. É sabido hoje que as conexões permitem melhorar o raciocínio lógico, auxiliam no desenvolvimento cognitivo e  motor, uma vez que os recursos estão cada vez mais avançados, sem contar o desenvolvimento da socialização. Conhecimentos sobre consciência ética também devem fazer parte do acervo de informações dos usuários e permitem que se avalie ações e posturas.
O uso das redes sociais pelas escolas, permite a comunicação com os pais, a criação de grupos ou de páginas para compartilhar informações com os alunos, o envio de links e vídeos, a criação de fóruns e muito mais.
Não podemos voltar no tempo. As mídias sociais estão aí e deverão ficar. Precisamos é aceitar e adaptá-las às nossas necessidades e valores, como qualquer outra novidade que chegar. E certamente muitas outras novidades chegarão num piscar de olhos.
 Tempos modernos... Tempo em que a tecnologia modifica os modos de pensar, sentir e agir. Enfim, muda e altera comportamentos.



domingo, 29 de abril de 2012


Pézinho da minha filha Raphaela com tatuagem de henna. As palavras foram escolhidas por ela, sem nenhuma intervenção minha. Menina de ouro!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia das Mulheres

" MULHERES SÃO ...
... tecelãs. Tecem sonhos com fios de lágrimas... Tecem vidas em suas barrigas com esperanças e alegrias infantis. Mulheres são feiticeiras. Inventam magias e encantamentos.E atraem e cativam com um simples olhar. Mulheres são meninas. Acreditam em príncipes e finais felizes.Mulheres são guerreiras. Enfrentam a luta com galhardia. E não esmorecem mesmo quando cansadas. Mulheres são sábias. Trazem em si toda a sabedoria do mundo, ao repartir, entre os filhos, o pão, o carinho,e o próprio tempo. Mulheres são especiais. Mulheres são seres próximos de Deus.Mulheres são anjos. Mulheres são mães. A mais perfeita tradução do mistério da eternidade da alma. "

(Rita Licks)

sábado, 3 de março de 2012

Esmaltes, batons e sutiãs

Esmaltes, batons e sutiãs
por Rosângela Silva

Sendo mãe de uma menina de 11 anos, tenho vivido momentos frequentes de exercício da minha paciência e persistência. Paciência para aceitar suas escolhas, vontades, opiniões, para conter momentos de revolta, para dosar sua independência e persistência para repetir a mesma orientação mais de uma vez, para corrigir suas condutas um tanto equivocadas, para conter seus ímpetos de rebeldia.
A garota vive uma fase de suspiros e paixões, muitas conversas com amigos e amigas, entorpecida pelas músicas, querendo ir a baladas para adolescentes, seduzida pela internet.
Existe nela um enorme gosto por esmaltar as unhas, precisando trocar a cor a cada dois ou três dias. E os batons e lápis no olho são adereços imprescindíveis.
Mas, o que mais me chama a atenção e me faz reviver questões da minha pré-adolescência, se é que tínhamos isso naquela época, é o fascínio pelos sutiãs. Lembro-me que quando meus seios começaram a crescer, com vergonha de falar com minha mãe, copiei por conta própria, a ideia de uma coleguinha. Ela punha uma camiseta regata por baixo e o uniforme por cima. Assim resolvi um dos primeiros dilemas referentes a essa difícil fase. É certo que vieram outros, mas desses, conto numa próxima vez.
Hoje as meninas usam sutiãs desde muito cedo e eles estão cada vez mais em evidência e à mostra. Aos três ou quatro anos já pedem e as mães já compram. Embora tenha o lado da “adultização” precoce das meninas, por outro, essa questão é tratada de maneira muito normal, sem medos ou vergonhas infundados. No meu tempo não era assim.
Nos dias de hoje, a questão não é mais o sutiã, mas o pedido para que compremos o sutiã de bojo! Polemizando a questão, acho muito preocupante que meninas de cinco ou seis anos andem por aí exibindo um seio que ainda não têm e com isso sendo mais facilmente notadas e colocadas mais vulneráveis ao meio.
Logicamente a produção e a venda dos sutiãs de bojo estão ligadas ao consumismo e as crianças são presas fáceis para o comércio que sempre está inventando forma de seduzi-las. Por isso os pais precisam ficar atentos e ser firmes em seus conceitos.
Lembro do dia em que Raphaela foi comprar biquíni com o pai. Ela tinha uns sete anos, conseguiu convencer sobre o seu desejo e apareceu em casa com um sutiã de bojo na parte de cima. Logicamente ela nunca usou o tal biquíni e não entende até hoje porque da proibição.
Sim! Elas querem copiar suas mães e todas as demais mulheres que as rodeiam. E isso até que é bem saudável. Quem de nós, mulheres não brincou colocando enchimento para parecer que tínhamos seios grandes? Quem de nós, ao brincar, não inventou uma barriga de grávida colocando almofadas por baixo da roupa? Quem não usou as roupas, os saltos e as maquiagens da mãe?
Especialmente falando do sutiã, este é um marco forte na puberdade e seu uso vai além da necessidade de proteger e sustentar as mamas. Parece-me, que existe um fetiche por parte das meninas, que ao usá-lo, agregam poder a si mesmas mostrando que já são grandes e que podem fazer as coisas que os adultos fazem.
O que precisamos é encontrar um caminho equilibrado para que não estimulemos demais um crescimento antecipado, fazendo-as pularem fases que seriam essenciais para o seu amadurecimento psicológico e emocional.
É preciso lembrar que as nossas ações de pais influenciam o desenvolvimento de nossos filhos, em todos os aspectos, inclusive no que diz respeito à sexualidade e sensualidade.
Longe da ideia de queimar os sutiãs de bojo, o que temos que queimar é a ideia de produzir crianças como adultos em miniatura. Aos seis, dez ou onze anos o que elas precisam é brincar, estudar e ser felizes com a idade que têm.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Educação dos filhos

Ouvi hoje em uma palestra: "Os defeitos dos filhos são filhos dos defeitos dos pais". Achei a frase forte e preocupante.Concordo que somos responsáveis pelos nossos filhos e que devemos nos dedicar muito a eles, mas eles também, depois de crescidos têm poder de escolha e não podemos ser culpados por todas as suas decisões.
Temos que semear boas sementes na infância, amar, acompanhar, limitar, andar lado a lado. Depois eles precisam ser responsáveis pela sua caminhada, carregando a boa bagagem que a família lhe proporcionou.
Por outro lado, não dá para desistir de nossas crias. Mesmo adultos eles continuam sendo nossos filhos e nós precisamos estar ao seu lado ouvindo, questionando, orientando.
É! A tarefa de pais é para sempre!!